Marcelle Martins
Marcelle Marques Martins é uma
garota carioca de 20 anos de idade muito parecida com qualquer outra garota de
sua idade. Porém, o que a diferencia das demais garotas foi a escolha de uma
profissão ainda não muito comum às mulheres brasileiras. Ela é joqueta, ou
seja, trabalha montando cavalos de corridas no Jóckey Club Brasileiro, onde é
conhecida simplesmente como Marcelle Martins. Diferente do hipismo, esporte que
conta com a participação de muitas mulheres, o turfe ainda tem baixa freqüência
feminina, e Marcelle é uma das poucas joquetas em atividade a lutar pela
mudança desse quadro.
Pure Horse Company – Nos fale um pouco sobre você
Marcelle Martins - Nasci em 21 de dezembro de 1993, Rio de Janeiro.
Sou filha de Carlos Alberto Martins, que também é profissional do turfe atuando
como jóquei, e de Andréa Fátima Marques Mendes, do ramo da culinária.
Sou irmã de Larissa Marques
Martins, de Joyce Machado Martins e de Caroline Machado Martins, e atualmente sou
casada com o também jóquei Marcos Mazini.
PHC – Qual foi a vitória que mais marcou sua vida?
MM – Foi minha primeira vitória em um Grande Prêmio. No caso foi o
Grande Prêmio Costa Ferraz, uma prova de Grupo III, onde montei a égua
Aspiración, do Haras Santa Maria de Araras.
PHC – Com tantas oportunidades nos estudos e profissões, porque
escolheu ser joqueta?
MM – Eu digo que não fui eu que escolhi essa profissão, e sim ela
que me escolheu. Fui criada no Jockey Club Brasileiro, e isso só fez meu amor
pelos cavalos aumentar.
PHC – Em algum momento teve que tomar decisões que obtiveram sucesso em
suas corridas, mas que eram fora das orientações dos treinadores de suas
montarias?
MM – Sim, mas foram em poucas ocasiões, pois sempre que posso tento
cumprir as orientações. Às vezes o páreo sai de um jeito que não imaginamos e
temos que mudar tudo.
PHC – Algum treinador já lhe pediu que segurasse o animal para que não
ganhasse? Caso houver acontecido, não cite nomes. E como reagiu a esse
respeito?
MM – Jamais. Graças a Deus nunca passei por esse tipo de
constrangimento.
PHC – Como conheceu o proprietário do animal Bolt Artax?
MM – O conheci quando em uma oportunidade ele veio fazer uma visita
ao Rio de Janeiro e pudemos conversar bastante.
PHC – Pode ser esse potro uma oportunidade para o sucesso de seu
retorno às pistas? Porque o proprietário escolheu você entre tantos jóqueis?
MM – Pode sim, tenho esperanças de que iremos vencer muitas provas
juntos. Não sei exatamente o porque, só sei que fiquei muito feliz com o
convite.
PHC – Existe preconceito em sua profissão?
MM – Sim, existe o preconceito e espero que isso mude.
Com as joquetas Josiane Gulart (esq) e Jaqueline Cabral (dir)
PHC – Já falhou em algum momento na corrida e se irritou com seu
próprio erro?
MM – Já falhei algumas vezes, mas não me lembro de ter me irritado.
PHC – Existem pessoas que julgam que esse potro não vai virar muita
coisa, pois os filhos de Artax não vêm convencendo o mundo do turfe. Você
acredita no potencial desse potro? Qual sua visão sobre esse assunto?
MM – Bom, vamos ver nas pistas. Quem sabe não fazemos uma surpresa
a essas pessoas?
Aprimorando a técnica e o preparo físico no Jockey Club Brasileiro
PHC – Acredita que pode ter uma história com esse potro? Que poderá
correr fora do país montando esse animal?
MM – Tenho muita fé e sei que Deus fará o melhor para mim e para o
Bolt.
PHC- Como será competir sabendo que todo um estado está de olho em
você? A pressão ajuda ou atrapalha a corrida?
MM – Será emocionante. Eu não levo como se fosse pressão, levo como
uma grande torcida.
PHC – Você compete pelo dinheiro ou pelo amor à sua profissão?
MM – Monto pelo amor aos cavalos, não há nada melhor!
O amor pelos cavalos
Fotos extraídas da página de Marcelle Martins no Facebook.
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